Conte-nos um pouco sobre sua trajetória no rugby.
Meu primeiro contato com o rugby foi em 2001, no Charrua, incentivado por um amigo, mas não continuei jogando, voltei a jogar em 2002 e aí sim, nunca mais larguei o esporte. Comecei jogando na equipe C de sevens do Charrua, que disputava torneios em Santa Catarina, depois começamos a jogar rugby de XV, torneios como Liga Sul, Copa do Brasil, etc...jogava de centro e terceira-linha e aos poucos fui sendo deslocado para abertura. De 2006 a 2009 me dediquei também ao rugby infantil e juvenil dando treinos no meu clube, desde 2009 também sou dirigente do meu clube.
Voltando no tempo, você acreditava (ou sonhava) que jogaria um amistoso internacional , vestindo a camiseta do selecionado Gaucho , e, ainda por cima, capitão?
Olha, à pouco tempo atrás, sonhávamos em poder percorrer 100, 200 km para jogar rugby de nível, em um torneio Gaúcho, e parecia realmente um sonho que demoraria a se realizar, mas em pouco tempo já temos isso, é até engraçado pegar um ônibus, viajar 1hrs30min, 2hrs e estar jogando rugby de nível, em um campo de rugby, com arbitragem, torcida, etc...E agora temos um selecionado gaúcho, que se concentra em distintas regiões para treinos. É muito bom. Agora respondendo, eu nunca nem tinha pensado muito em selecionado gaúcho, era algo que não passava muito na minha cabeça, e agora é uma realidade, ainda mais jogar no campo principal do Carrasco Polo, campo que conheço e é lindo, tem uma história de décadas de rugby lá naquele campo, em uma partida internacional, vai ser lindo e gostaria que todos jogadores refletissem sobre o que uma partida deste nível, em um lugar destes pode significar para suas carreiras. E o fato de ser capitão da equipe é uma responsabilidade e um prazer ao mesmo tempo, responsabilidade por ter que conduzir a equipe, mostrar a fortaleza do grupo dentro de campo e o prazer de até o momento ter um grupo muito tranquilo, divertido e unido.
Qual é a responsabilidade de ser capitão da seleção, ainda mais jogando fora de casa?
A responsabilidade é de conduzir a equipe dentro do campo, motivar, dar exemplo dentro e fora de campo e principalmente ser a fortaleza nos momentos complicados. Se tem uma coisa que tenho certeza que posso passar ao resto do grupo é um espírito de luta, guerreiro, que eu acredito realmente que pode fazer a diferença em partidas equilibradas, gosto muito disto e temos muitos jogadores com este espírito e tenho certeza que poderão me ajudar a transmitir ao restante do grupo.
Qual deve ser o jogo mais difícil? Por que?
Eu acredito que o mais difícil será o primeiro, de sábado, dia 6, simplesmente porque não conhecemos nada do adversário, não temos idéia de quem são os jogadores, só sabemos e conhecemos muito as diversas qualidades dos jogadores uruguaios, a maioria dos jogadores tem experiência de confrontos com jogadores uruguaios devido à integração que o rugby do Rio Grande do Sul possui com o rugby Uruguaio. Sabemos que eles estão um passo à frente, ou mais, tem mais experiência, são fisicamente bem preparados, então, até conhecermos melhor o adversário, o confronto mais difícil será o primeiro.
Tem informações sobre os adversários ( Uruguai Desenvolvimento ) ?
Nada, não tenho idéia, não sei que tipo de jogadores são, se são jogadores do Interior, ou da Capital, ou se é uma mescla, não sei se são jogadores jovens ou mais experientes. Realmente não tenho informações, para nós é um incógnita o adversário que teremos pela frente.
Na preparação da equipe qual parte pesou mais: a física ou a técnica/tática?
Acho que o que pesou mais foi a parte física/mental, temos que nos acostumar com outra cultura, temos que aprender a suportar a dor, o cansaço, a pressão, etc...Alguns jogadores já tem isso consigo, e nitidamente são diferenciados com relação ao restante do grupo, por isto. Acho que isto pesou bastante, o nosso treinador exige bastante da parte física, pois são treinos duros, e a maioria não está exatamente no patamar físico que ele exige, alguns compensam com uma fortaleza mental, mas outros não, e isso que temos que mudar. A parte técnica/tática acho que estamos indo, não estaremos totalmente preparados para este jogo, mas os jogadores estão assimilando aos poucos o estilo de jogo que o treinador quer, acho que com mais treinos, estaremos fazendo tudo que ele pede.
A longo e curto prazo, quais são os planos para esta seleção? E para as demais vindouras seleções de base?
As informações que tenho são de que para 2011, teremos o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, este é nosso objetivo a longo prazo, a curto prazo temos estes encontros com Uruguai Desenvolvimento em Montevideo, e depois em dezembro em Bento Gonçalves, são os objetivos a curto prazo. As seleções de base não tenho muitas informações, mas a M19 já é uma realidade, tanto que participou da Copa Cultura Inglesa em São Paulo, onde fizeram um muito bom papel.
Pra quem esteve quase sempre dentro do campo, foi facil controlar a tensão?
Sempre estive tranquilo, nos treinamentos e encontros, acho que o grupo deixa todos à vontade, realmente me sinto bem com o restante do grupo, é tudo divertido e a tensão do jogo ainda não chegou, acho que quando estiver no Uruguai e ver o campo de jogo, bem como conhecer o adversário a tensão começará a aumentar, por enquanto, tudo tranquilo.
Despedimo-nos desejando-lhes boa sorte, mas, antes, gostaria de acrescentar ou salientar algo?
Gostaria de desejar a todos os jogadores, uma boa semana, que todos se preparem como devem, para chegar no Uruguai bem, gostaria de agradecer ao pessoal de Porto Alegre, Bento Gonçalves (Scopel, essa é pra ti) e de Caxias do Sul, pela receptividade nos treinamentos, pela organização estrutura para os treinos.
Obrigado.
daaaaaaale, boa sorte :}
ResponderExcluirsucesso Blanquito!
ResponderExcluirEsse jogador é de OURO!!
ResponderExcluirDa-lhe capitão!!! Vamos pra cima deles!!!
ResponderExcluirMuito gato!
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